O ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo, anunciou nesta terça-feira (9), em seu perfil no X (antigo Twitter), uma nova redução dos impostos de exportação de grãos, medida que afeta produtos como soja, milho, trigo, cevada, sorgo e girassol.
Segundo o comunicado, as alíquotas serão ajustadas da seguinte forma:
- Soja: de 26% para 24%
- Subprodutos da soja: de 24,5% para 22,5%
- Trigo e cevada: de 9,5% para 7,5%
- Milho e sorgo: de 9,5% para 8,5%
- Girassol: de 5,5% para 4,5%
Caputo afirmou que o objetivo da medida é aumentar a competitividade do agronegócio argentino, setor responsável por cerca de 60% das exportações do país.
“Essa redução nos impostos de exportação visa aprimorar a competitividade do agronegócio, um dos principais motores da economia argentina. Dessa forma, reafirmamos nossa convicção de que a agricultura argentina continuará crescendo, gerando empregos, impulsionando o desenvolvimento em todas as regiões do país e fortalecendo nossa presença nos mercados globais”, declarou o ministro na rede social.
Não é a primeira redução no ano
A decisão acontece poucos meses após outra mudança relevante. Em 30 de julho, o governo havia publicado o Decreto 526, que eliminava temporariamente os impostos retidos na fonte sobre exportações de grãos, e posteriormente também sobre carne bovina e de frango. O benefício valeria até 31 de outubro, com retomada prevista apenas para 1º de novembro.
Contudo, as chamadas retenciones foram reestabelecidas antecipadamente, já no dia 25, mais de um mês antes do previsto. Com isso, voltaram a vigorar as alíquotas anteriores: 26% para a soja e 9,5% para milho e trigo. Por ora, proteínas animais seguem isentas.
Segundo o governo argentino, a antecipação da retomada da cobrança ocorreu porque a meta de arrecadação de US$ 7 bilhões em Declarações Juradas de Vendas ao Exterior (DJVE) foi atingida em menos de 72 horas.