A formação e o avanço de um ciclone extratropical sobre o Sul do país colocam grande parte do Brasil sob alerta para chuva volumosa, rajadas de vento, granizo e até risco de tornados. Produtores devem redobrar cuidados ao longo da semana.
A seguir, o panorama completo por região:
Região Sul
Com o deslocamento da área de baixa pressão para o oeste do Rio Grande do Sul, pancadas de chuva moderadas a fortes atingem o sul, sudeste, oeste, noroeste e metade norte gaúcha, além do oeste de Santa Catarina e do oeste e centro-norte do Paraná. Há risco de temporais isolados e temperaturas ainda elevadas em algumas áreas.
O alerta vermelho permanece válido para toda a região devido ao ciclone extratropical, que provoca tempo severo até sexta-feira (12), incluindo queda de granizo, ventos acima de 100 km/h e possibilidade de tornados e microexplosões.
As operações em campo ficam comprometidas, com risco de falta de energia. Embora a chuva favoreça as áreas produtoras, o volume elevado em curto intervalo pode causar lixiviação e alagamentos.
No Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, os acumulados variam de 80 a 100 milímetros, mantendo boa umidade do solo e revertendo o déficit hídrico gaúcho. No Paraná, o alerta é máximo: na porção oeste, os acumulados podem chegar a 250 milímetros, com risco de alagamentos, deslizamentos e transbordamento de rios menores.
Região Sudeste
A atuação de um cavado atmosférico favorece pancadas desde cedo no oeste e noroeste de São Paulo. Calor e umidade reforçam chuvas moderadas a fortes no restante do estado. Em Minas Gerais e no Espírito Santo, a instabilidade segue presente; já no norte paulista e em áreas do Rio de Janeiro, as temperaturas permanecem elevadas.
Há alerta vermelho para São Paulo, Rio de Janeiro, sul de Minas Gerais e extremo sul do Espírito Santo, devido à influência do ciclone extratropical que atua no Sul do país. O sistema pode provocar granizo, ventos acima de 80 km/h e possíveis tornados e microexplosões até sexta-feira.
Os acumulados chegam a cerca de 100 milímetros em São Paulo, centro-sul de Minas Gerais, Rio de Janeiro e extremo sul do Espírito Santo, favorecendo a reposição hídrica, porém com risco de alagamentos e lixiviação nas lavouras.
No restante do Espírito Santo, a chuva deve atingir cerca de 30 milímetros em cinco dias, sem comprometer os trabalhos no campo. No centro-norte mineiro, cerca de 50 milímetros mantêm a boa umidade do solo.
Região Centro-Oeste
Calor e umidade, somados à baixa pressão sobre o Paraguai, estimulam pancadas de chuva moderadas a fortes, com risco de temporais em toda a região. O ciclone extratropical ajuda a estabelecer um corredor de umidade, garantindo uma semana mais chuvosa nas áreas produtoras.
Em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, os acumulados ficam entre 60 e 80 milímetros, beneficiando lavouras em desenvolvimento e áreas de replantio. No sul de Mato Grosso do Sul, atenção para temporais entre segunda (8) e terça-feira (9), com chance de granizo e ventos acima de 100 km/h devido à atuação de um cavado.
No geral, as operações em campo devem seguir, mas com cautela durante episódios de tempo severo.
Região Nordeste
A instabilidade diminui na Bahia, mas ainda ocorre no oeste do estado. A metade sul do Maranhão e áreas do interior registram pancadas mais fortes. Entre o litoral do Rio Grande do Norte e de Alagoas, há chance de chuva fraca. O calor domina a região e a umidade relativa permanece baixa no interior.
No Maranhão, no sudoeste do Piauí e no oeste da Bahia, os acumulados ficam perto de 40 milímetros, mantendo boa umidade do solo. Nas demais áreas, o tempo segue quente e seco. No interior de Pernambuco, a temperatura pode atingir 40 °C, elevando o risco de incêndios. Em grande parte da região, a temperatura chega aos 38 °C e a umidade cai abaixo de 30%.
Região Norte
As instabilidades persistem com risco de temporais no Amazonas, Acre, Rondônia e Tocantins. Em Roraima e no Pará, a chuva perde força, mas ainda aparece de maneira fraca a moderada. No Amapá, as pancadas aumentam, enquanto áreas do noroeste e extremo nordeste do Pará têm tempo mais aberto.
Acre, Rondônia, Amazonas, Pará e Tocantins devem registrar entre 40 e 50 milímetros ao longo de cinco dias, garantindo boa umidade e favorecendo pastagens. Em Roraima e Amapá, o tempo fica quente e seco, com máximas acima de 36 °C. A umidade mais elevada nas demais regiões reduz estresse térmico no gado e beneficia sistemas de confinamento e reprodução.