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A bolsa de valores brasileira (B3) vem renovando recordes em sequência desde novembro, quando o movimento começou a ganhar força e rompeu pela primeira vez a barreira dos 150 mil pontos. Mais recentemente, no começo de dezembro, o Ibovespa superou os 164 mil pontos, o maior patamar já registrado.

Sobre o que está por trás das altas, Caio Augusto Rodrigues, sócio da consultoria Terraço Econômico, aponta a expectativa de queda nos juros. “O mercado se antecipa em posições buscando ‘surfar a onda’ positiva que costuma vir com os juros mais baixos. O tamanho desse recuo, porém, ainda vai depender de outras variáveis”, explica.

Na avaliação do economista, a bolsa brasileira ainda pode seguir valorizada, apesar de “solavancos de curto prazo”. Na última semana, as máximas foram interrompidas após o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) confirmar que disputará as eleições presidenciais de 2026. Para Rodrigues, eventos como esse podem servir como alerta para um eventual “excesso de otimismo” entre os investidores.

“Diante desse cenário, ainda há espaço para a bolsa continuar subindo, porque alguns ativos seguem baratos. Mesmo assim, é preciso cautela. O período eleitoral tende a trazer muita volatilidade. Por isso, quem investe precisa ter paciência e preparo para oscilações mais fortes no curto prazo”, diz.

Ciclo de alta nos juros chegou ao fim?

Apesar do otimismo com a redução dos juros brasileiros, o ciclo de alta da Selic não está perto do fim. Na última ata do Comitê de Política Monetária (Copom), o grupo manifestou que não hesitará em retomar os aumentos caso julgue necessário.

Nesta quarta-feira (10), os investidores estarão atentos às decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos — é a chamada “Super Quarta”. Enquanto no Brasil o mercado financeiro espera que os juros sejam mantidos em 15%, nos EUA a aposta de grande parte do mercado é que haja um corte de 0,25 pontos percentuais na taxa.

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