O Brasil vem intensificando sua aposta nos biocombustíveis como estratégia para descarbonizar a economia e impulsionar uma nova fase industrial. Entre janeiro de 2023 e junho de 2025, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) aprovaram R$ 11,7 bilhões em financiamentos para projetos ligados ao setor — valor que mais que dobra o montante liberado entre 2019 e 2022, que somou R$ 4,6 bilhões.

    O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destaca que o aumento expressivo no volume de crédito atende às diretrizes do governo federal para a expansão da produção de biocombustíveis.

    “O Brasil é referência mundial e o BNDES tem sido um parceiro estratégico para ampliar a fronteira tecnológica do setor e atrair novos mercados”, afirma Mercadante.

O presidente da Finep, Luiz Antonio Elias, reforça que o resultado demonstra o compromisso do governo federal e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) com a transição energética.

Inovação tecnológica está no centro dos novos projetos

Os projetos apoiados destacam-se pelo caráter inovador, como o etanol de segunda geração, novas enzimas, sementes sintéticas de cana-de-açúcar e o uso da agave tequilana — planta adaptada para produção de etanol no Brasil.

Também estão entre os investimentos tecnologias avançadas para biometano e biodiesel, que elevam a produtividade e posicionam o Brasil na vanguarda global dos biocombustíveis.

Raízen e CMAA lideram grandes operações em biocombustíveis

Só em 2025, os financiamentos já somam R$ 2,2 bilhões. Entre os principais projetos aprovados estão:

  • CMAA (Minas Gerais): R$ 480 milhões para elevar em 85 milhões de litros/ano a produção de etanol;
  • Raízen Energia (Andradina, SP): R$ 1 bilhão para construção de uma unidade de Etanol Celulósico de Segunda Geração (E2G), com capacidade para até 82 milhões de litros/ano.



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